domingo, 24 de julho de 2011

Cesta de Compras da cidade do Rio tem alta de 2,16% na segunda semana de julho

Fonte:Fecomercio

Pesquisa da Fecomércio-RJ sobre o custo da Cesta de Compras da cidade do Rio de Janeiro  apontou um aumento de 2,16% na segunda semana de julho, em comparação a semana anterior.
O valor da Cesta passou chegou a R$ 432,60. Para famílias que recebem até oito salários mínimos, o avanço foi de 2,10%. Para as que têm rendimento acima dessa faixa, o aumento ficou em 2,20%.

No levantamento, a laranja pera (32,06%) registrou o maior aumento do período, seguida por banana prata (27,21%) e cenoura (26,29%). Em sentido contrário, a batata (-9,28%) apresentou a retração mais intensa,  seguida por cebola (-8,38%), café (-4,67%) e leite em pó (-3,46%).
Na análise mensal, a Cesta de Compras caiu 0,25%. No acumulado do ano, a alta é de 2,14%. Nos últimos 12 meses,  o reajuste foi de 6,54%.

A pesquisa reflete as variações de 6.680 preços, referentes a 39 itens (32 de alimentação, quatro de higiene e três de limpeza) de maior peso no orçamento, consumidos por famílias de dez diferentes faixas de renda.

sábado, 23 de julho de 2011

Mercado informal de lácteos cresce e chega a 24% da receita do setor

Ana Conceição, da Agência Estado
 
SÃO PAULO - O faturamento do mercado informal de lácteos aumentou 35%, para R$ 10,6 bilhões em 2010, o equivalente a quase 24% da receita do setor no Brasil, de acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil), divulgado nesta sexta-feira, 22.
O mercado total, informal e de produtos inspecionados, faturou R$ 44,5 bilhões em 2010, aumento de 17,1% sobre os R$ 38 bilhões apurados em 2009.
De acordo com Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, a estimativa do faturamento do mercado informal é feita a partir das estatísticas oficiais sobre o rebanho leiteiro, recebimentos de laticínios, potencial produtivo e preços. Ele defende maior fiscalização dos governos sobre esse mercado. Dos R$ 10,6 bilhões faturados pelo mercado informal R$ 5 bilhões se referem à venda de queijos, R$ 4,2 bilhões de leite fluido e R$ 1,4 bilhão de outros produtos.
Entre os segmentos inspecionados, o crescimento da receita foi puxada pelos queijos e requeijão (+24,1%) e leite em pó (+22,7%), seguidos pelo leite longa vida (+5,1%). O leite pasteurizado foi o único segmento que apresentou queda de faturamento (-3,3%).
Rubez observou que a elevação do faturamento de todo o setor se deve ao aumento dos preços e ao ganho de 8% na produção de lácteos em 2010. "Esses números foram puxados pelo consumo, que continua aquecido. A demanda per capita do brasileiro passou de 140 litros há dez anos para 161 litros no ano passado. E a expectativa é que esse número continue a subir", disse.

Brasil é nº 1 em encargos trabalhistas diz estudo.

Marcelo Rehder, de O Estado de S. Paulo
 
Confirmado: o Brasil é mesmo o campeão mundial dos encargos trabalhistas. Levantamento inédito da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), feito com base em dados compilados pelo Departamento de Estatística do Trabalho dos Estados Unidos (BLS, sigla em inglês de Bureau of Labor Statistics), mostra que os encargos já correspondem a praticamente um terço (32,4%) dos custos com mão de obra na indústria de transformação brasileira.
Trata-se do valor mais alto de toda a amostra, 11 pontos porcentuais superior à média dos 34 países estudados pelo BLS (21,4%). Na Europa, por exemplo, o peso dos encargos no custo da mão de obra é de apenas 25%.
Quando comparado aos países em desenvolvimento, com os quais o Brasil compete comercialmente em escala mundial, a posição do País é ainda pior. Os encargos são 14,7% dos custos em Taiwan, 17% na Argentina e Coreia do Sul e 27% no México.
Apesar de o título brasileiro de campeão mundial já estar consolidado há um bom tempo no debate econômico, faltavam informações sobre a representatividade dos encargos trabalhistas no custo da mão de obra em um conjunto de países.
No Brasil, os encargos sobre a folha salarial são compostos principalmente pelas contribuições patronais à Previdência Social. No caso da indústria de transformação, a contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sozinha, corresponde a 20% da folha de salários.
Há também a contribuição por Risco de Acidente de Trabalho, o Salário Educação e contribuições ao Incra, Sesi, Senai e Sebrae, que correspondem a até 8,8% da folha de salários.
Somando-se as contribuições do empregador ao FGTS, indenizações trabalhistas e outros benefícios, como o 13.º salário e o abono de férias, o total de encargos chegou a 32,4% dos gastos com pessoal da indústria em 2009, ano-base do estudo do BLS.
Para a Fiesp, a indústria brasileira enfrenta uma perda de competitividade que tem levado a um quadro de desindustrialização do País. "Os encargos incidentes na folha de salários traduzem-se em encarecimento da mão de obra e, consequentemente, dos custos de produção de bens e serviços, afetando a competitividade local", diz o diretor do departamento de competitividade e tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, que coordenou o trabalho. "O problema é mais grave na indústria de transformação, cujos bens em geral competem em mercados com escalas globais."
Fora do pacote. O estudo da Fiesp é conhecido no momento em que o governo se prepara para lançar a nova versão da política industrial brasileira, chamada de Política de Desenvolvimento Competitivo. A expectativa dos empresários do setor era de que o pacote incluísse medidas para desoneração da folha de salários da indústria de transformação.
No entanto, poucos ainda apostam nisso. A equipe econômica já deu sinais claros de que não deverá incluir a desoneração na proposta de política industrial a ser divulgada no dia 2 de agosto. O projeto deverá ser apresentado separadamente em outro momento.
De acordo com Roriz Coelho, a situação da competitividade da indústria brasileira ficou ainda mais dramática por causa dos "graves efeitos da excessiva valorização" do real ante o dólar.
Segundo ele, entre 2004 e 2009, o valor em dólares dos encargos trabalhistas no Brasil aumentou 119,5%, muito acima do que ocorreu na maior parte dos países. Na Coreia, a alta foi de apenas 1,2%, enquanto em Cingapura não chegou a 30%.
Porém, como o custo em dólar da mão de obra no País ainda é relativamente baixo em comparação com a maioria das economias avaliadas, o valor dos encargos no Brasil, de US$ 2,70 a hora, é inferior à média dos 34 países (US$ 5,80 a hora).
"O valor em dólares dos encargos incidentes em uma hora da mão de obra industrial no País é inferior ao da maioria das economias desenvolvidas, mas supera o de nações em desenvolvimento e mesmo de algumas desenvolvidas, como Coreia do Sul", argumenta o diretor da Fiesp.